Por engano, família vela corpo de desconhecido em SP
"Esse não é o meu filho", exclamou o pai, o pedreiro Pedro Francisco Ribeiro, de 46 anos. Ele mesmo estivera no Instituto Médico Legal (IML) com sua mulher e a tia de Claudinei, Tereza Cristina de Oliveira, e reconhecera o suposto corpo do filho. "Estava muito abalado e acho que me confundi", afirmou mais tarde, quando devolvia o caixão, velas e castiçais para o agente funerário. A madrasta de Claudinei, Eunice de Fátima Ferreira, de 48 anos, também acreditou que o corpo do enteado estava dentro do caixão. "Eu beijei a testa e alisei o cabelo dele, mas não enxergava direito de tanto chorar", justificou. O ajudante, na verdade, havia tido rixa com pessoas do bairro e por isso tinha saído de casa alguns dias antes.
O engano se desfez quando Tereza ligou para a casa da mãe do rapaz, em Tatuí, para comunicar o falecimento. Quem atendeu foi uma irmã do "falecido", que estava na mesma sala, vendo televisão com ele. Tereza correu até o barraco do ex-cunhado e passou a informação. "Quando viram que era outro defunto, foi um Deus nos acuda. Todo mundo saiu correndo e as crianças começaram a gritar." Assim que a família se recuperou do susto, o velório foi desfeito e o corpo, ainda não identificado, devolvido ao IML.
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